
Deitada sob o brilho do luar
ela fala poesia de um coração partido
que ecoa e ecoa
e volta para dentro de si,
como uma multidão correndo de encontro a ela,
empurrando-a para mais longe.
A vida já fora mais simples,
onde tudo era mais fácil
quando ela saia de casa
para colher flores no jardim da frente para sua mãe,
que a observava pela janela da cozinha
com um sorriso singelo.
A vida já fora mais simples...
E agora ela corre pelas ruas sem ter
a quem entregar seu amor.
Suas poesias cantadas
eram tudo o que ela tinha.
Ela só conseguia amar agora
aquilo que vinha de dentro:
suas próprias memórias
que descobriram um meio de desenterrar
em palavras.
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